Não vê ele os meus caminhos, e não conta todos os meus passos?
Não é a destruição para o perverso, e o desastre para os obradores da iniquidade?
Pois que porção teria eu de Deus lá de cima, e que herança do Todo-Poderoso lá do alto?
Fiz pacto com os meus olhos; como, pois, os fixaria numa virgem?
Pelo que se tornou em pranto a minha harpa, e a minha flauta em voz dos que choram.
A minha pele enegrece e se me cai, e os meus ossos estão queimados do calor.
Tornei-me irmão dos chacais, e companheiro dos avestruzes.
Denegrido ando, mas não do sol; levanto-me na congregação, e clamo por socorro.
As minhas entranhas fervem e não descansam; os dias da aflição me surpreenderam.
Todavia aguardando eu o bem, eis que me veio o mal, e esperando eu a luz, veio a escuridão.
Não chorava eu sobre aquele que estava aflito? ou não se angustiava a minha alma pelo necessitado?
Contudo não estende a mão quem está a cair? ou não clama por socorro na sua calamidade?
