Quem do imundo tirará o puro? Ninguém.
Visto que os seus dias estão determinados, contigo está o número dos seus meses; tu lhe puseste limites, e ele não poderá passar além deles.
Desvia dele o teu rosto, para que ele descanse e, como o jornaleiro, tenha contentamento no seu dia.
Porque há esperança para a árvore, que, se for cortada, ainda torne a brotar, e que não cessem os seus renovos.
Ainda que envelheça a sua raiz na terra, e morra o seu tronco no pó,
contudo ao cheiro das águas brotará, e lançará ramos como uma planta nova.
O homem, porém, morre e se desfaz; sim, rende o homem o espírito, e então onde está?
Como as águas se retiram de um lago, e um rio se esgota e seca,
assim o homem se deita, e não se levanta; até que não haja mais céus não acordará nem será despertado de seu sono.
Oxalá me escondesses no Seol, e me ocultasses até que a tua ira tenha passado; que me determinasses um tempo, e te lembrasses de mim!
Morrendo o homem, acaso tornará a viver? Todos os dias da minha lida esperaria eu, até que viesse a minha mudança.
Chamar-me-ias, e eu te responderia; almejarias a obra de tuas mãos.